sábado, fevereiro 25, 2006

Orgulho e Preconceito

Pride ande Prejudice, 2005, direção: Joe Wright.

Keira Knightley não deverá ganhar o Oscar (tb, pudera!), contudo sua atuação em Orgulho e Preconceito marcará aquele que assistir a trama. A personagem com muita simplicidade nos passa toda a 'espuletisse' e convicção, sem perder aquele 'q' de ternura. A história gira em torno de uma família com 5 meninas prontas pra casar, com suas mãe desesperada por arranjar um bom partido pras filhas (lê-se um passo a frente na pirâmide social).

O filme nos faz mergulhar num mundo de risadinhas, boatos e amores a flor-da-pele. O casal que parece se odiar, Mr. Darcy e Elizabeth, fazem daquele recurso usado indiscriminadamente em comédias romanticas (de casal que se odeia), dar certo. Acaba-se por transcorrer a história numa aurea de encantamento e, não podemos deixar de observar, a riqueza das falas.

Apesar de não ter visto outras adaptações e nem ter lido o romance de Jane Austen, ouso dizer que esta foi uma das melhores adaptações da história. Vale a pena degustá-la e torcer pelo casal mais improvável: o anti-social taciturno muito ruico e a alegre teimosa garota de família pobre. Filmes como esse além de levantar o espírito nos fazem crer que o amor é algo a ser meticulosamente engendrado pra ser especial, e não uma saida de emergência, como subterfúgio de sair casa dos pais pra deixar de ser solteirona).

Aconselho mesmo o filme, a história é linda mesmo e em especial o tratamento que ela levou agora. Não me admira o sucesso desse casal, que na improbabilidade e antagonismo se torna o mais perfeito. E detalhe, não tem uma cena de beijo no filme!

Inté, e olha que o Oscar está chegando e com ele a torcida pelos nossos favoritos!

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Johnny & June

Walk The Line.2005. De: James Mangold. Com Joaquin Phoenix e Reese Whiterspoon.

Finalmente consegui ver esse filme hoje! Estava bastante ansiosa e não fiquei desapontada.
Johnny & June começa mostrando a infância de JR Cash, que mais tarde viria a se tornar Johnny Cash, um grande nome da música americana. O menino Johnny cresceu ouvindo a menina June cantar no rádio enquanto levava uma vida simples na companhia de seu adorado irmão mais velho e do pai autoritário. Quando Jack, o irmão mais velho, morre num trágico acidente enquanto trabalhava, Jonnhy tem de crescer lidando com a falta que sente de Jack e a indiferença de seu pai.
Johnny se torna um homem, se alista na Força Aérea Americana, se casa, tem 2 filhas e tenta a vida como vendendor ambulante, mas a paixão que sente pela música é algo que Johnny não consegue conter.Assim, com algum sacrifício, ele consegue gravar um disco que logo cai no gosto dos americanos. Quando Johnny começa a excursionar pelo país cantando suas músicas na companhia de nomes que mais tardes seriam eternizados como Jerry Lee Lewis, Roy Orbison e Elvis Presley, ele conhece June Carter, que também está em turnê. Logo no primeiro encontro (que obviamente é acidental) Johnny se encanta com June, o clássico amor à primeira vista e percebe-se que June também sente algo por Johnny. Daí começa a trajetória dos dois, uma aliança de amor e amizade tanto encima de palcos encantando platéias como no dia-a-dia.
A relação amorosa é algo mais complicado, pois Johnny é casado e June, divorciada, enfrenta o preconceito de sua situação na América dos anos 60. June é tudo para Johnny, que sofre com a depedência de pílulas e álcool, mas ela tem medo de se entregar à paixão que sente pelo amigo e acima de tudo, sabe que Johnny não está pronto para um compromisso mais sério. Ele deve se livrar da dependência química. Nesse momento delicado, June permanece ao seu lado.
Dos filmes que foram indicados ao Oscar esse ano só vi O Segredo De Brokeback Mountain, portanto não posso afirmar com certeza, mas acho uma grande injustiça que Johnny & June não esteja concorrendo ao maior prêmio da noite. Assim, estarei torcendo fervorosamente para que Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon levam para casa as estatuetas de Melhor Ator e Atriz respectivamente.
Assitam o filme! Se por mais nada, apenas para ver Phoenix todo de preto lançando olhares apaixonados para Reese enquanto toca seu violão. Ai ai..
Até a próxima!

terça-feira, fevereiro 14, 2006

As Loucuras de Dick e Jane

Agora em cartaz trazendo Jim carrey como sua estrela principal, o filme "As Loucuras de Dick e Jane" vem com a proposta de trazer além da comédia uma certa reflexão a cerca dos rumos das grandes empresas, mercado de trabalho e a competitividade. Apesar de trazer boas cenas cômicas (como a do personagem do Carrey indo buscar emprego numa frente de trabalho pra 'xicanos'), o filme acaba por pecar naquelas 'mesmisses' do estilo de filme ao qual se tem o problema e de repente cai do céu a grande solução que é posta em prática e que mesmo com algumas adversidades dá certo e terminam todos felizes para sempre.
Esperava algo mais maduro do início ao fim vindo de um projeto do Jim Carrey que já estrelou maravilhosos dramas como 'O show de trumman' e 'Mundo de Andy', além do melancólico em 'Brilho eterno de uma mente sem lembranças'. Contudo seu personagem agora não passou de uma caricatura (como as vistas no início de carreira), mesmo com uma certo 'requinte' na história. Podemos classificá-la simplesmente como uma comédia adulta com um final feliz a la sessão da tarde.
Diria que é um filme mediano, com risos a serem tiradas de ironias sutiz até demais e um final feliz, mas não o suficiente pra salvar o filme como um todo.